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EVA MARIA DA CONCEIÇÃO
(A CONHECIDA PRETA MÃO DE ONÇA)
A história de Eva
Maria da Conceição, conhecida como Preta Mão de Onça, é um exemplo comovente da
resiliência e da luta pela sobrevivência em meio às adversidades. Nascida em
1922 no lugarejo Limoeiro, próximo a Santa Rosa, Eva Maria enfrentou uma
infância sofrida e uma adolescência marcada por um AVC que a deixou com
sequelas físicas e mentais.
Sua vida em Valença do Piauí foi marcada pela solidão e luta
pela sobrevivência, especialmente após perder sua identidade natural e ser
conhecida apenas como a Preta Mão de Onça.
A época, a falta de
políticas públicas na cidade para atender pessoas em vulnerabilidade social a
levou a mendigar pelas ruas para conseguir
sobreviver. Daí se entender que sua vida foi ceifada pela violência
física, mental e social.
No entanto, a história de Preta, também é um testemunho da
memória e da história popular de Valença do Piauí.
O Banco na Praça
Getúlio Vargas, onde ela costumava sentar, tornou-se um local de referência
transformando em um dos atrativos turísticos do centro da cidade.
A escolha do banco,
foi uma maneira protetiva para evitar agreções físicas e psicológicas
provenientes de pessoas que lhe incomodavam com alcunha e similares. E como o
Banco, escolhido era o mais próximo do Quartel de Polícia Militar, ela se
sentia protegida. Daí a importância e preservação da memória de Preta, e do banco da Praça Getúlio Vargas, por ter
se transformar num exemplo de valorização
a história e a cultura local.
A sugestão de tombamento do Banco da Preta pelo Patrimônio
Histórico e Cultural da cidade é uma forma de reconhecer a história de Eva Maria da Conceição, a
conhecida Preta, e de preservar a memória da cidade para as gerações futuras.
É um exemplo de como a
história popular pode ser valorizada e preservada para que não seja esquecida.
O nome Preta Mão de
Onça, caracteriza representatividade dentro do contexto da cultura popular, tão
simples, tão singular, por saído do seio do anonimato, encontrando nos seus
dizeres, fazeres e comportamento um viés para ser visto pelo povo e se
eternizar na memória.
O Banco na Praça
Getúlio Vargas, o mais próximo do Quartel de Polícia Militar, não fora
escolhido por acaso. Era seu local seguro para evitar ser agredida de forma
psicológica e de forma física por pessoas que não mediam lhe atirarem chacotas
e maus dizeres. Porém sentada no banco,
com seu radinho de pilha escutava as rádios: Pioneira e Difusora de Teresina e
com o passar do tempo as Emissoras de Rádios em Valença. O Ponto de Cultura que
existiu em Valença, localizado no CSU, tinha o seu nome. Sua História, já foi
tema de um TCC da Historiadora Teresinha Maurilia, no seu Curso de História
pela Uespi, Pólo em Valença(PI). Sua
História, encontra-se publicada na Revista No 3 da Academia de Letras da
Confederação Valenciana, escrito pelo Acadêmico Prof Historiador Antonio Jose
Mambenga.
Os compositores e
músicos: Wilton Cesar e Carlinhos Tenório, têm composições sobre a Preta. Ambos, sintetizam sua história. Em 2024, Preta Mão
de Onça, fora homenageada na decoração
da cidade Junina aqui em Valença, por ocasião do 36º Festival Cultural de Quadrilhas Juninas.
O Prof Historiador e
Chargista George Barros, assina a charge oficial da Preta Mão de Onça, daí, se
tratar de um vulto popular e simples que se eternizou na memória do povo
valenciano. Em Teresina, o contista e poeta, Cap. Do Corpo de Bombeiro em
Teresina, publicou um livro, com o título, Preta Mão de Onça, com direito a
texto alusivo sobre esta persona inclusa entre os vultos característico em
nossa cidade. O certo que em Valença do Piauí, em cada espaço a memória vive
para manter acesa as chamas daqueles que foram e continuam sendo referência de
um passado não tão distante.
19:08, 17/07/25 Antônio José Mambenga
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