sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


A LENDA DA BALEIA DA IGREJA DE SÃO BENEDITO EM VALENÇA DO PIAUÍ

A lenda da baleia da Igreja São Benedito, é a mais conhecida na cidade de Valença do Piauí. Construída pelo imaginário das pessoas, mas dentro de um recorte temporal. A baleia, chegou em Valença, há muito e muitos anos atrás, muito cansada e com sede. Bebeu toda água do rio Catinguinha, caiu num sono profundo e permanece adormecida até a atualidade. O tamanho da baleia é o que impressiona as pessoas, porque a cabeça está localizada debaixo da Igreja São Benedito aqui em Valença do Piauí e a cauda debaixo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Aroazes-PI, numa distância de 40 km. Segundo a lenda, no dia que ela acordar toda água ingerida será expelida, e o Rio Catinguinha, receberá toda água de volta e a cidade se inundará. Daí a pessoas ficarem atentas com relação a Igreja São Benedito, com medo da baleia acordar. Qualquer rachadura que aparece nas paredes é logo consertado, porque pode ser que a rachadura tenha sido ocasionada por qualquer movimento da baleia e se ela acordar a cidade se inundará. Saber como a baleia chegou em Valença-PI, é uma das grandes preocupações da população.  Muito procuram saber sua origem pois estranham uma baleia fora do seu habitat natural, uma vez que a cidade de Valença está a 310m acima do nível do mar e mais de 500 km do litoral..  Outros, arriscam acreditar que ela chegou aqui em Valença-PI, sendo fugitiva da Arca de Noé, no período do dilúvio, permaneceu anônima e somente em 1727 quando da construção da Igreja, foi que ela resolveu beber toda água do rio Catinguinha e receosa da punição que os moradores ribeirinhos do rio poderiam lhe dá, alojou-se debaixo da Igreja, a cabeça e a cauda na Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Aroazes. Ainda bem que ela está dormindo. Neste caso, que o sono seja eterno pra que a lenda possa continuar.



Texto: Prof.  Historiador:  Antonio Jose Mambenga




quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

HISTORIA DE VIDA: MIGUEL DE SOUSA FILHO (Miguelim)


                                HISTÓRIA DE VIDA:    MIGUEL DE SOUSA FILHO



A vida de cada um é constituída de momentos. Alguns são passageiros. Outros pela dimensão que possuem  tornam-se eternos. Sabemos que nossa vida aqui na terra é apenas uma passagem, mas nos apegamos tanto  que queremos que se tornem eternos. Quando menos esperamos, cumpre-se o prazo de permanência  momento que ocorre a separação.  
O século XX, transcorria normalmente. As turbulências  econômicas e sociais dos anos 1920, se amenizavam. O mundo, vivia o sistema totalitário protagonizado pelo Nazismo e pelo Fascismo. Enquanto isso, na zona rural de Valença, no estado do Piauí, na localidade Riacho Barnabé,  nascia, Miguel de Sousa Filho, no dia 12 de janeiro de 1934, filho de Miguel Liberato de Sousa e de Maria Barbosa Lima.
Miguel, teve uma infância igual das outras criança de sua época, voltada especificamente para o labor típico da agricultura familiar, adequada à sua idade e condição física. Nas horas de folga, vivia seu lado infantil e juntamente com seus irmãos, caçavam passarinhos, montavam em jumentos, cavalgavam nos campos, mas nunca fugiam do normal, uma vez que os pais eram severos e tinham que obedecer às ordens que lhe eram atribuídas.
Em 1946, já com 12 anos de idade, seus pais foram morar na comunidade Comboeiro, mas seu lugar predileto era o Riacho, onde existiam seus familiares mais próximos. A saudade da terra berço, só não era maior porque a distância não era tamanha e sempre que podia passa por lá.
O menino Miguel, já não era mais criança, aos 12 anos entrava na juventude o que já lhe pesava sobre os ombros a responsabilidade de adulto. Os afazeres infantis, foram trocados pelo jovem rapaz, por um labor mais direcionado para sociedade de época.
A vida campesina, lhe oportunava acreditar numa vida futura, as aptidões de cuidar da roça, do gado, lhes davam uma maturidade para entender que já era tempo de constituir família. Casou-se com Maria Rocha de Sousa e dessa união conjugal, tiveram sete filhos: Eneida Maria, Maria do Socorro, Francisca Maria,  Ivanide Maria, Jose Barbosa, Deuzelina Maria, e Edimar Rocha.
O certo é que a vida de Miguel, não foi fácil. As dificuldades ocorriam, mas Miguel sempre encontrava uma alternativa para superar.
Como vaqueiro, cuidou do rebanho dele e de outras pessoas da comunidade. Muitas vezes, teve que fazer carvão vegetal, para angariar recursos financeiros para comprar alimentos para os filhos.
Miguel, aprendeu com a graça de Deus, o ofício de aplicador de injeção, função essa que exerceu com muito afinco, uma vez que prestava o serviço, não só na comunidade mas nas localidades da circunvizinhança. Outra função que exerceu por muito anos, foi a de cortador de cabelo, não só dos filhos e outros membros da família. Era procurado por outras pessoas da comunidade para terem os cabelos cortados por ele.
Por mais de duas décadas, manteve em sua residência no Comboeiro, uma quitanda, com produtos específicos: cachaça, fumo, querose, fósforo, sal em pedra, cigarro, bom-bom, e muitos outros produtos de primeira necessidade.
Na parte artística, possuía o don da rima e do repente, resultante da literatura de cordel que lia. Gostava muito de cantoria e de baião de viola.
Miguel, era o poeta símbolo da comunidade Comboeiro. De tudo fazia uma rima, o que deixava as pessoas  felizes, pela forma e o limite como conduzia seus poemas. As brincadeiras eram constantes, e a presença de Miguel era sempre uma animação nas rodas de conversa e nas festas familiares. Ele se sentia  feliz pelo que fazia.
Mas como, aqui na Terra, somos apenas visitantes, Miguel, foi acometido pela doença que lhe levou a óbito, cuja passagem ocorreu no dia 16 de agosto de 2016, em sua residência no Comboeiro.
Foi o homem, ficou a História e a certeza do dever cumprido, isto porque, ninguém morre enquanto permanece vivo na memória de um povo.
                             Valença do Piauí, 16 de setembro de 2016.
Texto: Prof. Antonio Jose Mambenga


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

ZE DA CHICA, O CARNAVALESCO-MOR DE VALENÇA DO PIAUÍ


José de Arimateia, o conhecido "Zé da Chica", nasceu no dia 24/02/1930, em Valença do Piauí. Teve uma infância típica como as demais crianças da Rua do Maranhão, mesmo sendo morador do lado de cá do Rio Caatinguinha, espaço conhecido como Piauí. A juventude, não foi diferente, mesmo tendo ocorrido grande parte no período entre guerra. Zé da Chica, pontuou seu cotidiano entre o "ser e o querer" entremeado entre o difícil viver de um jovem que não possuía no registro civil uma paternidade. Todavia isso não foi empecilho para tornar-se uma referência na cidade e no meio social que frequentava, pois suas  genitoras, a biológica e a do coração, não mediam esforços para proporcionar o que havia de melhor dentro de suas limitações sócios e culturais de época uma vez que o período histórico social da cidade exigia um certo padrão para manter de pé os remanescentes da "Belle Epoque" ou mesmo a ascendência do pós guerra rumo aos "anos dourados" tão típicos da juventude de época, seja nos bailes do Cassino, Centro Social São Jose, do clube Sonho Azul, ou mesmo nos salões da antiga sede da Prefeitura, ou nos Salões da "Rural",
bailes que iam da primeira escala ou mesmo de segunda escala, sendo que Zé da Chica, tornou-se uma referência nos bailes carnavalescos, tanto que no período organizava blocos com ou sem fantasias para animar o reinado de momo em nossa cidade ou mesmo quando não encontrava seguidores saia fantasiado dele mesmo com uma lata de talco pelas principais ruas da cidade, animando e convidando foliões para entrarem na brincadeira. São muitas as lembranças deixadas por Zé da Chica, daí ser codinominado como benfeitor da cultura de Valença. Zé da Chica, era figura presente em todas as classes sociais da cidade, respeitado pelo fato de procurar "fazer o bem, sem observar a quem", o que lhe deu o direito de concorrer uma vaga no Legislativo, mesmo num período que não havia remunerção para execer a função.. Como agente de saúde pública, foi grande sua participação na aplicação de injeção em pessoas que necessitavam, tanto que já conduzia diariamente  no bolso da camisa o conhecido "estojo de aplicar injeção" para ser usado onde precisasse, ou mesmo na zona rural onde era um exímio frequentador. Foi grande incentivador das Bandas de músicas da cidade, sendo na aquisição e/ou na manutenção. Foi um grande apoiador do Conjunto os Magnos. Figura muito importante na criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Valença, como também para vinda das casas do Cojunto COHAB I e II. Na vida política, além da função de vereador, era animador de Comícios tão logo que se definia de que lado ia ficar, saia pelas ruas dirigindo um jeep e fazendo a locução nos sistema de amplificadora, bem como tinha facilidade na composição das paródias  tematizando cada partido ou candidato, dentre as que "a do pé de coco" e/o outras bem típicas de época . Foi funcionário do DNER. Casou-se com Dona Maria do Carmo (Maricas), de cujo consorcio nasceram 8 filhos e muito criterioso na escolha dos nomes que iam de personalidades da música a personalidades do mundo político, familiares ou mesmo os de sua devoção religiosa no caso da Espírito Santo e Maria de Fátima. Zé da Chica, foi também grande benfeitor da Confraria São Vicente de Paula. Um fato interessante foi com relação a sua religiosidade foi quando no início da dé cada de 60 quando de uma visita do saudoso Governador Chagas Rodrigues, que veio a Valença para inaugurar obras, no retorno para Teresina o avião perdeu a rota e de Teresina recebem um telegrama acusando que o avião não tinha chegado lá. Pensem! A preocupação foi tamanha,a história se espalhou como uma rastilho de pólvora pelos quatro cantos da cidade. Parte da população que ainda se encontrava comentando a visita do governador ou mesmo crianças que haviam ensaiado até cântico para saudar o Chefe do executivo se viram também agoniadas, quando de repente Zé da Chica, prosta-se de joelho em frente a Igreja São Benedito, voltando a visão para o lado oeste da cidade, ergue as mãos para o céu e suplica a São Vicente de Paula padroeiro de Novo Oriente para interceder junto ao Pai Celestial que não ocorresse nada com o Governador e nem com a tripulação e começou a rezar o terço juntamente com o aglomerado de pessoas que se encontravam também aflitas pelo ocorrido. De repente chega um mensageiro com a notícia que o avião havia perdido a rota e tinha aterrissado na cidade de Miguel Alves no norte do Estado. Quando recebida a notícia, Zé da Chica, suplica novamente aos céus e agradece a Deus e São Benedito e divulga a “promessa feita ao Santo” – Conduzir em caminhada de Valença a Novo Oriente a imagem de São Vicente. O Governador  cumpriu a promessa e ainda existe uma fotografia para testemunhar a chegada do Santo em Novo Oriente. Outros fatos de devoção também  ocorriam, sempre que podia visitava o Nicho de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro do Deserto, conforme fotografias que constam  no acervo museológico da Secretaria de Cultura. Sua transcendência ocorreu ontem dia 16 de março em Teresina. Seu corpo foi velado em sua residência na Rua Dep. Zé Nunes, a Celebração  de corpo presente na Igreja Matriz Nossa Senhora do Ó pelo Diácono Rogério. O cortejo saiu de sua residência acompanhado por familiares, parentes e amigos, como também pela Banda de Musica Municipal sob a batuta do Maestro Tenente Martinho Chaves, executando música fúnebres e hinos do Divino Espírito Santo, do qual era devoto. Feito a celebração, quando o cortejo seguiu para o Cemitério São Benedito, a mesma Banda executou "Marchinhas Carnavalescas" a pedido do próprio quando em vida. Foi o homem, ficou a História para eternizar na memória de cada um seu espaço terrestre! Valeu Zé da Chica! A cultura agradece!


Texto: Prof. Esp. Antonio Jose mambenga

            

terça-feira, 13 de setembro de 2016

VALENÇA COMEMORA 113 ANOS DE SUA MORADORA ILUSTRE







“A vida e um caminho que se percorre andando.” Muitos são os predestinados por percorrerem muitos anos de vida.  Outros, a vida é tão efêmera cujo espaço terrestre fica limitado. Mas para os que têm o privilégio de possui  uma vida mais  duradora, tornam-se protagonista de muitos fatos e acontecimentos típicos do mundo que o cerca.

 Foi no  alvorecer do século XX, que nasceu Maximina Pereira da Silva,  no dia 10 de setembro  de 1903,  na cidade de Araripina (Pernambuco), num momento que o mundo vivia um conflito internacional, cuja culminância foi os campos de Batalhas da 1ª Grande Guerra Mundial.  Filha de Jose Pereira de Sousa e de Luiza Rodrigues da Silva.
Maximina, teve uma infância de não tão diferente das crianças de sua época. Muito cedo, dedicou-se às prendas domésticas, elastecendo ao trabalho rural ao lado da própria família. Não freqüentou escola.  Casou-se com o Sr. Jose Rodrigues Pereira da Silva, de cuja união formaram uma família de 10 fillhos.
Em 1958,  ocasionado pela seca,  veio com a família para Piauí, fixando residência na cidade de Pimenteiras, mas foi Valença do Piauí, que Maximina escolheu para morar.
Enquanto suas condições físicas permitiram, exerceu a função de trabalhadora rural, e como uma pessoa de experiência de vida praticou por muito tempo a função de parteira empírica.
 Os anos se passaram, Maximina, foi definhando. Há cinco anos ficou prostada, mas ainda tem boas recordações do papel que exerceu como mulher, esposa e Mãe. Atualmente, vive sob os cuidados de sua filha neta: Ilha Maria Pereira da Silva, no Bairro Vale Verde.
Sabemos que “as idades avançadas não destroem as lembranças...” Dona Maximina, ainda possui uma memória que ainda pontua momentos vividos.
Em conversa, ela relatou, acontecimentos que ocorreram no período  da infância, adolescência e da maturidade. Recordou muito bem quando foi ficou órfã de mãe em 1915, momento que ficou sob os cuidados do seu Padrinho de batismo Pedro Betim, que morava no Estado do Ceará. Por coincidência, foi também em 1915 quando ocorreu uma terrível seca no Nordeste Brasileiro. Suas lembranças pontuam, que ela e outras crianças de época se deslocavam  para os matos caçando raízes e se por ventura encontravam algumas frutas silvestres que haviam escapado do predadores para se alimentarem.  Foi um memento muito triste relatou Dona Maximina. Ela lembra que muitos dos moradores comeram até raiz de macambira, teú, rabudo e gambá. Outro momento também lembrado por Maximina, foi quando da passagem da Coluna Prestes, que para o sertanejo era conhecido por Revolta do Povo. Os boatos que corriam é que eles carregavam o povo, matavam gente e as mais gordas serviam de alimentos para os outros que estavam famintos, assim relatou Dona Maximina.
Na vida adulta, já em Pmenteiras-PI(1958), Maximina, além de trabalhadora rural, exercia a função de parteira empírica, atendia a cidade e quase toda municipalidade, às vezes, ficava de 3 a 5 meses fora de casa em localidades distintas para prestação de serviço como parteira. Atividade que exercia por dedicação pois não cobrava pela prestação de serviço.  Foi em Pimenteiras-PI, que conseguiu tornar-se cidadã, através do seu Registro Civil, uma vê que saiu ainda na primeira infância de Araripina-PE: Aos cinco anos já estava no Ceará e por lá ficou até o casamento, que só exigia o Bastitério cristão. Foi, também uma seca que fez Maximina chegar ao Piauí(Pimenteiras) (1958)
Em 1962, veio para Valença-PI, para morar no Bairro Valencinha. Aqui, fez amizades e acabou de criar a família.
Dia 10 de setembro, Maximina, completou 113 anos, de vida, daí ser considerada a pessoa de maior idade residindo na cidade de Valença do Piauí. Por sua vez nós valencianos somos gratos por Maximina ter escolhido Valença para fixar moradia, tornando-se referência no contexto Histórico Cultural de nossa cidade.
Valença do Piauí, 12 de setembro de 2016.
Texto: Antonio Jose Mambenga







VALENÇA COMEMORA OS 113 ANOS DA MORADORA ILUSTRE















“A vida e um caminho que se percorre andando.” Muitos são os predestinados por percorrerem muitos anos de vida.  Outros, a vida é tão efêmera cujo espaço terrestre fica limitado. Mas para os que têm o privilégio de possui  uma vida mais  duradora, tornam-se protagonista de muitos fatos e acontecimentos típicos do mundo que o cerca.

 Foi no  alvorecer do século XX, que nasceu Maximina Pereira da Silva,  no dia 10 de setembro  de 1903,  na cidade de Araripina (Pernambuco), num momento que o mundo vivia um conflito internacional, cuja culminância foi os campos de Batalhas da 1ª Grande Guerra Mundial.  Filha de Jose Pereira de Sousa e de Luiza Rodrigues da Silva.
Maximina, teve uma infância de não tão diferente das crianças de sua época. Muito cedo, dedicou-se às prendas domésticas, elastecendo ao trabalho rural ao lado da própria família. Não freqüentou escola.  Casou-se com o Sr. Jose Rodrigues Pereira da Silva, de cuja união formaram uma família de 10 fillhos.
Em 1958,  ocasionado pela seca,  veio com a família para Piauí, fixando residência na cidade de Pimenteiras, mas foi Valença do Piauí, que Maximina escolheu para morar.
Enquanto suas condições físicas permitiram, exerceu a função de trabalhadora rural, e como uma pessoa de experiência de vida praticou por muito tempo a função de parteira empírica.
 Os anos se passaram, Maximina, foi definhando. Há cinco anos ficou prostada, mas ainda tem boas recordações do papel que exerceu como mulher, esposa e Mãe. Atualmente, vive sob os cuidados de sua filha neta: Ilha Maria Pereira da Silva, no Bairro Vale Verde.
Sabemos que “as idades avançadas não destroem as lembranças...” Dona Maximina, ainda possui uma memória que ainda pontua momentos vividos.
Em conversa, ela relatou, acontecimentos que ocorreram no período  da infância, adolescência e da maturidade. Recordou muito bem quando foi ficou órfã de mãe em 1915, momento que ficou sob os cuidados do seu Padrinho de batismo Pedro Betim, que morava no Estado do Ceará. Por coincidência, foi também em 1915 quando ocorreu uma terrível seca no Nordeste Brasileiro. Suas lembranças pontuam, que ela e outras crianças de época se deslocavam  para os matos caçando raízes e se por ventura encontravam algumas frutas silvestres que haviam escapado do predadores para se alimentarem.  Foi um memento muito triste relatou Dona Maximina. Ela lembra que muitos dos moradores comeram até raiz de macambira, teú, rabudo e gambá. Outro momento também lembrado por Maximina, foi quando da passagem da Coluna Prestes, que para o sertanejo era conhecido por Revolta do Povo. Os boatos que corriam é que eles carregavam o povo, matavam gente e as mais gordas serviam de alimentos para os outros que estavam famintos, assim relatou Dona Maximina.
Na vida adulta, já em Pmenteiras-PI(1958), Maximina, além de trabalhadora rural, exercia a função de parteira empírica, atendia a cidade e quase toda municipalidade, às vezes, ficava de 3 a 5 meses fora de casa em localidades distintas para prestação de serviço como parteira. Atividade que exercia por dedicação pois não cobrava pela prestação de serviço.  Foi em Pimenteiras-PI, que conseguiu tornar-se cidadã, através do seu Registro Civil, uma vê que saiu ainda na primeira infância de Araripina-PE: Aos cinco anos já estava no Ceará e por lá ficou até o casamento, que só exigia o Bastitério cristão. Foi, também uma seca que fez Maximina chegar ao Piauí(Pimenteiras) (1958)
Em 1962, veio para Valença-PI, para morar no Bairro Valencinha. Aqui, fez amizades e acabou de criar a família.
Dia 10 de setembro, Maximina, completou 113 anos, de vida, daí ser considerada a pessoa de maior idade residindo na cidade de Valença do Piauí. Por sua vez nós valencianos somos gratos por Maximina ter escolhido Valença para fixar moradia, tornando-se referência no contexto Histórico Cultural de nossa cidade.
Valença do Piauí, 12 de setembro de 2016.
Texto: Antonio Jose Mambenga